Saúde

Vacina contra HPV é opção para prevenir câncer uterino, explica Dr. Adolpho Baamonde

O médico Dr. Adolpho Baamonde cita dados que mostram como a vacinação está associada a uma redução significativa na prevalência do HPV em mulheres jovens

O câncer do colo do útero é a terceira neoplasia mais comum em mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de 2020. O INCA estimou também que, no Brasil, a mortalidade por esse tipo de câncer foi de 4,60 óbitos a cada 100 mil mulheres. Atualmente, uma das principais medidas preventivas da doença é a vacinação contra o HPV.

O vírus do papiloma humano (HPV) é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer do colo do útero. Ele é transmitido, principalmente, por contato direto de pele e durante as relações sexuais, incluindo sexo vaginal, anal e oral, explica o Dr. Adolpho Baamonde, especialista em cirurgia oncológica e transplante de órgãos abdominais.

“Outros fatores que podem contribuir com o desenvolvimento do câncer uterino são: tabagismo, imunodeficiência, histórico familiar e também exposição a substâncias químicas como o DES (dietilbestrol)”, comentou.

O tumor tem origem nas células dos tecidos que revestem o colo do útero, a parte mais baixa do útero, que faz a conexão com a vagina. Como a maior parte desse tecido é composta pelo epitélio escamoso, o tumor mais frequente é o carcinoma escamoso. Porém, outros tipos como o adenocarcinoma, sarcoma ou tumores neuroendócrinos, apesar de raros, podem estar presentes. A grande maioria dos casos se relaciona com a infecção crônica pelo vírus HPV”, completou.

Ainda de acordo com o médico, os principais sintomas da doença são sangramento vaginal anormal, dor durante as relações sexuais e corrimento vaginal com odor. No entanto, muitas mulheres com câncer do colo do útero não apresentam sintomas em estágios iniciais. Atualmente, o uso de preservativo durante a relação sexual e a vacina contra HPV são as principais formas de prevenir o câncer de colo do útero.

“Estudos científicos recentes têm demonstrado que a vacinação contra HPV pode ser eficaz na redução das estatísticas de câncer de colo do útero em diversos países. Um estudo publicado em 2019 no Lancet Global Health analisou dados de 65 países que introduziram programas nacionais de vacinação contra o HPV entre 2007 e 2018. Os resultados mostraram que a vacinação foi associada a uma redução significativa na prevalência do HPV em mulheres jovens, e uma queda acentuada no número de casos de lesões pré-cancerígenas do colo do útero”, disse.

Dados estatísticos também reforçam a importância da vacinação contra o HPV na prevenção do câncer de colo do útero. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a vacinação contra o HPV pode reduzir em até 90% o risco de câncer de colo do útero. Além disso, estima-se que a vacinação previne cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. Sendo assim, é uma medida eficaz na prevenção do câncer de colo do útero e pode ter um impacto significativo na redução das estatísticas da doença”, concluiu.

Gabriella Vivere

Gabriella Vivere, tem em seu currículo um vasto conhecimento tanto na comunicação, quanto em gestão de empresas. Além de jornalista, em seus mais de 15 anos de experiência em conectar pessoas e empresas, ela também é especialista em vendas, grandes marcas, commodities e mercado internacional. A paixão por comunicação surgiu após trabalhar em uma agência multinacional de notícias. Seu talento e expertise com novos negócios lhe deram visão para ampliar suas conexões e experiências profissionais.
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